FMI eleva previsão de crescimento da economia brasileira em 2025, mas reduz em 2026

O
Fundo Monetário Internacional (FMI)
elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2025, estimando um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,4%, alta de 0,1 ponto percentual em relação à revisão de julho. Como ponto positivo do país, a entidade cita os recordes de safra no agronegócio.

Porém, o FMI reduziu a projeção do PIB brasileiro para 2026 em 0,2 ponto percentual. A entidade espera um avanço de 1,9%, com sinais de moderação na economia em meio a uma política monetária e fiscal restritiva. As estimativas da entidade foram publicadas no novo relatório de Panorama Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira (14).

Desde junho o Banco Central (BC) mantém a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, buscando desacelerar a economia para levar a inflação para o centro da meta. Atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está
acumulado em 5,17% nos últimos 12 meses
, mas o objetivo da política monetária é de 3% com um intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Outro fator que de impacto para o crescimento econômico do país, segundo o relatório do FMI, são as
altas tarifas de exportação impostas pelos Estados Unidos
. De acordo com a entidade, esse é um dos principais problemas enfrentados pelas economias dependentes de exportações de commodities.

O documento afirma que as condições externas estão mais desafiadoras para as economias emergentes, com o crescimento interno perdendo o embalo. “No Brasil, por exemplo, sinais de moderação estão surgindo em meio a políticas monetárias e fiscais restritivas”, disse.

“Tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos estão restringindo a demanda externa, com profundas implicações para diversas economias voltadas para a exportação, enquanto a maior incerteza na política comercial está reduzindo o apetite das empresas por investimentos. Ao mesmo tempo, o fiscal restrito está reduzindo a capacidade dos governos”, afirmou o FMI.

A entidade tem previsões mais otimistas do que os economistas do mercado brasileiro. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira (13), o PIB do país deve crescer em 2,16% neste ano, enquanto para 2026 a projeção é de 1,8%

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