

Cinco pessoas são presas em flagrante durante ação contra bebidas adulteradas em SP
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, informou, na manhã desta terça-feira (14), durante coletiva de imprensa, que ao menos cinco pessoas foram presas em flagrante na
operação contra a adulteração de bebidas por metanol
As prisões aconteceram na capital, em Santo André, na Grande São Paulo, e na região de São José dos Campos e de Presidente Prudente, no interior do estado. Ao todo, 150 policiais civis cumpriram 20 mandados de busca e apreensão.
Foram apreendidas dezenas de garrafas, tampinhas e selos. O objetivo foi apreender produtos, maquinários e insumos para produção de bebidas, além de celulares, documentos e outros objetos que possam auxiliar nas investigações.
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Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, testes preliminares feitos nos locais já indicaram adulteração. “Em alguns locais, a Abrape já efetuou testes preliminares e, até o presente momento, temos cinco pessoas presas pela adulteração das bebidas, uma presa por porte ilegal de arma e mais uma em deliberação sendo efetuada pela autoridade policial para saber se termos mais um preso ou não”, informou Dian.
As investigações que levaram à operação começaram depois da prisão de um dos maiores fornecedores de bebidas falsificadas do Brasil no início do mês. Ele comprava garrafas vazias e as vendia para destilarias clandestinas.
De acordo com a polícia, não se trata de uma organização criminosa estruturada, mas os acusados se comunicavam entre si, e foram identificadas transferências bancárias e envios de lacre e de garrafa.
O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Ronaldo Sayeg, afirmou que São Paulo é, “pelas suas dimensões e sua capacidade de ter fabricas clandestinas, armazenamento de bebidas e o comércio ilegal, um ponto focal” do esquema de falsificação de bebidas.
O secretário adjunto da Segurança Pública, Nico Gonçalves, destacou a importância da conscientização de comerciantes e consumidores diante dos casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas vendidas irregularmente.
“Não existe milagre se alguém vende uma garrafa de vodca que custa normalmente R$ 100 por R$ 30. É preciso que os comerciantes tenham consciência e nos ajudem”, disse.
Segundo o último balanço do governo de São Paulo, divulgado nesta segunda-feira (13), ao todo,
o estado contabiliza 28 casos confirmados de intoxicação por metanol, com 5 mortes, além dos 100 casos em investigação