Manutenção de estradas vicinais em Minas Gerais custa R$ 2,7 bilhões por ano

Um estudo da
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA),
divulgado nesta quarta-feira (8), mostra que o custo de manutenção e adequação das estradas vicinais em Minas Gerais é de R$ 2,7 bilhões por ano. O levantamento leva em consideração 19 microrregiões consideradas prioritárias para a produção rural no estado.

Do total necessário para obras na malha estadual considerada prioritária, a CNA estima que R$ 2,176 bilhões deveriam ser destinados para adequação da malha em condições precárias por ano, enquanto R$ 495,63 milhões seriam usados para a
manutenção da malha
em condições consideradas adequadas.

O estado possui a maior extensão de estradas vicinais do país, totalizando 337 mil quilômetros, equivalente a 14% da malha vicinal brasileira. Segundo a CNA, a rede apresenta uma grande capilaridade e importantes conexões com vias estaduais e federais.

Microrregiões que mais precisam de investimentos

Segundo o estudo, a microrregião que mais demanda investimentos é a de
Uberlândia, no Triângulo Mineiro
, com 11.171 quilômetros de malha e um custo total estimado em R$ 238,13 milhões por ano. Somente para adequação de vias consideradas precárias deveriam ser investidos R$ 193,7 milhões, enquanto para manutenção de vias já adequadas o custo é de R$ 44,4 milhões por ano.

A microrregião também atinge um Índice de Priorização das Estradas Vicinais (Ipev) de 0,921, indicando um alto grau de necessidade de investimentos. O entorno de Uberlândia também possui o maior número de grupos de “alta produção”, com oito, se destacando a produção de frangos, suínos e bovinos. Apenas os grupos de lavouras temporárias e madeira não são considerados de alta produção

A segunda microrregião que mais demanda investimentos é Paracatu, no Noroeste do estado, com 11.305 quilômetros de malha vicinal e um investimento anual necessário de R$ 231,91 milhões. Para adequação de estradas precárias a CNA estima um custo de R$ 189,02 milhões por ano, e R$ 42,88 milhões para manutenção de vias adequadas.

Paracatu tem cinco grupos de produtos de “alta produção”, com destaque para o cultivo de soja, milho e cana de açúcar. O Ipev da microrregião é ainda maior que o de Uberlândia, atingindo 0,952.

Veja 10 microrregiões mais caras no estado

  • Uberlândia – R$ 238,13 milhões
  • Paracatu – R$ 231,91 milhões
  • Unaí – R$ 182,04 milhões
  • Araxá – R$ 181,69 milhões
  • Varginha – R$ 180,06 milhões
  • Patrocínio – R$ 167,79 milhões
  • Frutal – R$ 167,44 milhões
  • Patos de Minas – R$ 154,59 milhões
  • Manhuaçu – R$ 126,65 milhões
  • Uberaba – R$ 119,10 milhões

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