Seca no verão? La Niña tem 65% de chance de atingir o RS nos próximos 3 meses

O Rio Grande do Sul está em alerta para a possível chegada do fenômeno
La Niña
nos próximos meses. Projeções do APEC Climate Center (APCC) indicam uma probabilidade de 65% de transição da fase neutra para a fase fria (La Niña) no trimestre de outubro a dezembro de 2025.

A informação consta no Boletim Trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura (Seapi). As previsões, baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), sugerem um cenário de chuvas reduzidas e temperaturas variáveis.

Produtores rurais devem se preparar e tomar medidas preventivas contra a possível seca no estado.

Chuvas devem ficar abaixo da média no fim do ano

O prognóstico climático aponta que as chuvas deverão variar de normal a ligeiramente abaixo da média na maior parte do estado gaúcho neste último trimestre.

O mês de dezembro deve registrar os maiores desvios negativos de precipitação, especialmente nas regiões da metade sul e oeste do estado, áreas historicamente vulneráveis à seca associada ao La Niña.

Nos meses de outubro e novembro, as chuvas devem ficar mais próximas da média. Contudo, há a expectativa de maior irregularidade espacial (chuvas mal distribuídas) e uma leve tendência de ficarem abaixo da média, particularmente em novembro.

Temperaturas e risco de geadas tardias

As temperaturas do ar aumentarão gradativamente ao longo do trimestre, mas o período será marcado por grande variabilidade.

Enquanto dezembro deve ter anomalias mais positivas, com maior calor, os meses de outubro e novembro ainda sofrerão incursões frias seguidas de períodos de aquecimento. Com essa instabilidade, o Copaaergs não descarta, inclusive, a ocorrência de
geadas
tardias em algumas regiões.

Outro ponto de atenção é o aumento da amplitude térmica (a diferença entre a mínima e a máxima do dia), que será considerável. Madrugadas frias poderão ser seguidas por tardes quentes, principalmente entre novembro e dezembro.

O cenário exige atenção especial dos setores agrícolas e hídricos, já que o La Niña está historicamente associado a períodos de seca no Sul do Brasil, impactando a safra de verão.


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