Vereadora lamenta rejeição da Tarifa Zero em BH e convoca manifestação para domingo

A vereadora Iza Lourença (Psol), primeira signatária do projeto de lei que propôs uma gratuidade universal para o transporte público de Belo Horizonte, lamentou a
rejeição do chamado PL da Tarifa Zero pelos vereadores na Câmara Municipal e convocou uma manifestação para domingo (5).

Em coletiva de imprensa, a parlamentar disse que a mobilidade urbana da capital mineira é um “caos” e destacou que a tarifa na cidade é uma das mais caras do país. Atualmente, a passagem convencional do sistema está em R$ 5,75.

“Eu acho lamentável, mas a nossa luta não para por aqui. Ninguém aguenta mais a situação dos ônibus. (…) Nós sabemos que acabar com esse modelo injusto de transporte que é a tarifa é muito caro, inclusive para os cofres públicos, mas é um caminho inevitável. Nós vamos continuar batalhando. Por isso, domingo vamos chamar uma manifestação para que as pessoas que se indignam com o voto dos vereadores possam ir a rua se expressar”, disse.

O “PL da Tarifa Zero” recebeu 30 votos contrários, e 10 votos favoráveis nesta sexta-feira (3).
Manifestantes a favor do projeto tentaram entrar na galeria da Câmara, mas chegaram a ser impedidos por seguranças pois o local já tinha atingido lotação máxima. A votação foi marcada por muitos gritos pedindo aos vereadores a aprovação da proposta.

Críticas da liderança da Prefeitura

O líder da Prefeitura de BH na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT) fez duras críticas ao projeto e afirmou que alguns vereadores que o defendem estão fazendo um jogo político para as eleições de 2026. Segundo ele, a medida ainda feria o código tributário nacional.

“Você
não pode criar uma taxa para custear um serviço universalizado na cidade. Para isso existe o imposto. Para além de outras inconstitucionalidades, esse projeto fere o código tributário. Infelizmente, a conta não fecha”, afirmou o vereador Bruno Miranda.