

Ações da Azul e Gol disparam após negociações para fusão acabarem sem acordo
As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54) na bolsa brasileira saltaram, nesta sexta-feira (26), após o anúncio de que as negociações para uma
possível fusão foram encerradas
Contudo, passado nove meses, as negociações foram encerradas pelo grupo Abra, controladora da Gol Linhas Aéreas. No fato relevante enviado ao mercado, o grupo afirmou que as partes não tiveram discussões significativas e não progrediram para uma possível combinação dos negócios, citando o processo de recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos, o Chapter 11.
“Como resultado, por boa ordem e de acordo com o Acordo de Confidencialidade, através da presente, a Abra apresenta notificação por escrito à Azul de que está encerrando as discussões com relação a uma possível transação”, disse a Gol.
As duas empresas também encerraram o acordo de cooperação comercial (codeshare), assinado em maio de 2024 e que permitia o compartilhamento de voos entre as companhias. Em nota, as duas empresas afirmaram que vão honrar os bilhetes já comercializados.
Por volta das 14h, os papéis da Azul estavam valorizando 17,14%, cotados a R$ 1,23. Já as ações da Gol valorizavam 5,66%, a R$ 5,97. Cabe ressaltar que o código da Gol na B3 indica negociações em lote de mil ações. A avaliação geral do mercado é de que o fim do processo pode ser benéfico para as duas empresas, uma vez que podem focar em seus próprios negócios.
Segundo análise da Genial Investimentos, a decisão reforça a dificuldade de uma combinação societária no setor aéreo, ainda mais diante do processo de
recuperação judicial da Azul
A Azul passa por um momento de crise, desde que a receita foi severamente afetada durante a pandemia de Covid-19, mas tem se recuperado conforme o Chapter 11 avança. No segundo trimestre do ano, a dívida líquida da empresa chegou em R$30 bilhões, uma redução de 3,9% em relação ao primeiro trimestre, quando o débito era de R$ 31 bilhões.
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil, três empresas controlam 99% do mercado no Brasil. Em agosto, a
Latam possui uma participação de 41,4% do mercado