‘A Palestina é nossa’, diz líder Mahmoud Abbas na Assembleia Geral da ONU

O líder da Palestina, Mahmoud Abbas,
discursou por videoconferência nesta quinta-feira (25)
, na
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
, realizada em Nova York, nos Estados Unidos.

O palestino participa on-line porque teve seu visto negado pelos Estados Unidos (EUA), assim como toda a comitiva da Palestina.

Em seu discurso nesta quinta, ele abordou o fim dos ataques de Israel na
Faixa de Gaza
, pediu a entrada urgente de ajuda humanitária no local e libertação dos reféns, além da criação do Estado palestino.

Para o líder, o Estado deve assumir total responsabilidade pela Faixa de Gaza. Ele pediu a garantia de moradia para os civis na Faixa de Gaza, sem deslocamento, e a implementação de um plano de recuperação e reconstrução em Gaza e na Cisjordânia. Abbas rejeitou os ataques do Hamas a Israel.

“Afirmamos, e continuaremos a afirmar, que a Faixa de Gaza é parte integrante do Estado da Palestina e que estamos prontos para assumir total responsabilidade pela governança e segurança lá”, afirmou.

“O Hamas e outras facções terão que entregar suas armas à Autoridade Nacional Palestina como parte de um processo para construir as instituições de um Estado, uma lei e uma força de segurança legal. Reiteramos que não queremos um Estado armado. Senhoras e senhores, nossas feridas são profundas e nossa calamidade é grande”, acrescentou.

Abbas denunciou que o povo palestino “enfrenta uma guerra de genocídio, destruição, fome e deslocamento”. “O que Israel está realizando não é meramente uma agressão. É um crime de guerra e um crime contra a humanidade que está documentado e monitorado, e ficará registrado nos livros de história e nas páginas da consciência internacional como um dos capítulos mais horríveis da tragédia humanitária dos séculos XX e XXI”, disse.

O líder abordou o
plano de Israel para tomar Gaza e o
ataque contra o Catar
. “[O ataque é] uma violação grave e flagrante do direito internacional”, disse.

“Não importa o quanto nossas feridas sangrem, e não importa quanto tempo esse sofrimento dure, isso não quebrará nossa vontade de viver e sobreviver […] A Palestina é nossa. Jerusalém é a joia do nosso coração e nossa capital eterna. Não deixaremos nossa pátria”, afirmou.


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