

Organização criminosa pode ter fraudado documento da PBH para minerar Serra do Curral
A Operação Rejeito,
deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (17)
A representação divide a
atuação da suposta organização criminosa em diferentes projetos
O documento teria sido expedido pela Prefeitura de Belo Horizonte em abril de 2023 para eximir a organização da necessidade de processos de licenciamento ambiental na exploração do terreno vizinho ao Parque Estadual da Baleia e à BR-040. Uma análise da Controladoria Geral da União (CGU) apontou diversos indícios de que a dispensa foi falsificada.
A assinatura manual atribuída ao então Secretário Municipal de Meio Ambiente, Mário de Lacerda Werneck Neto não estava de acordo com o padrão da assinatura eletrônica. Além disso, o documento não trazia um QR Code ou link para verificação de sua legitimidade.
Além disso, há elementos técnicos que reforçam a suspeita pela fabricação do documento. São eles:
- Brasão da PBH sem as cores oficiais
- Moldura irregular
- Ausência de negrito nos títulos
Entenda a operação
A Operação Rejeito da Polícia Federal cumpriu, logo pela manhã, 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva. A investigação foi realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.
A suposta organização criminosa era composta por mais de 40 empresas que atuavam na distribuição de propinas e no gerenciamento de lobbies para impedir projetos políticos que
garantiriam a proteção ambiental da Serra do Curral
A investigação da PF aponta Gilberto Carvalho e
João Alberto Lages
Além do núcleo político, a operação indica outros nomes e divide a lista por sua atuação na suspeita de organização criminosa. Alan Cavalcante do Nascimento é apontado como o líder do grupo, responsável pelas decisões estratégicas e pelas movimentações financeiras.
No núcleo financeiro estão também Felipe Lombardi Martins – conhecido como ‘homem da mala’ – e Jamis Prado de Oliveira Junior. A operação ainda expediu mandados contra autoridades como
Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da PF em Minas Gerais