Juiz recusa duas acusações contra Luigi Mangione, acusado de matar CEO

Um juiz de Nova York recusou, nesta terça-feira (16), duas acusações relacionadas a terrorismo contra
Luigi Mangione, de 26 anos
, acusado de matar o CEO da UnitedHealthCare, Brian Thompson, no ano passado.

O magistrado retirou as acusações de homicídio em primeiro grau em prol de um ato de terrorismo e homicídio em segundo grau como crime de terrorismo sob a justificativa de que são ‘legalmente insuficientes’.

Mangione, porém, ainda enfrenta uma acusação de homicídio de segundo grau. Ele deve retornar ao tribunal em 1º de dezembro.

A defesa do jovem argumentou que as acusações de terrorismo deveriam ser retiradas, uma vez que os crimes desse tipo se referem a ataques a vários civis, não a um único indivíduo, segundo a CNN.

“Embora o povo dê grande ênfase ao motivo ‘ideológico’ do réu, não há nenhuma indicação no estatuto de que um assassinato cometido por razões ideológicas (neste caso, o aparente desejo do réu de chamar a atenção para o que ele percebeu como desigualdades ou ganância dentro do sistema de saúde americano) se enquadra na definição de terrorismo sem estabelecer o elemento necessário de uma intenção de intimidar ou coagir”, decidiu o juiz Gregory Carro.

Apesar da acusação que ele enfrenta ser menos grave do que as principais acusações estaduais anteriores, Mangione ainda pode pegar 25 anos a até mesmo prisão perpétua. A decisão não alterou a acusação federal contra ele, que pode levar à pena de morte.

Apoiadores de Mangione estiveram no tribunal onde ocorreu a audiência dele, vestindo roupas verdes e portando cartazes pedindo pela libertação do jovem.

Assassinato de CEO e prisão: relembre

O CEO da seguradora de saúde
UnitedHealthCare, Brian Thompson foi assasinado
a tiros em frente a um hotel de luxo em Nova York
, onde acontecia uma conferência da empresa. O principal suspeito de matá-lo é o jovem
Luigi Mangione
.

O suspeito foi preso em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, portando uma arma parecida com a usada no crime e um silenciador. A
arma foi produzida de forma caseira
e não tem número de série, o que pode dificultar as
investigações
sobre como ele teve acesso a ela.

No momento em que foi abordado,
Luigi
demonstrou nervosismo e começou a tremer. Além da arma, ele portava documentos falsos que usou para se
hospedar em um albergue
antes de cometer o crime.


Luigi Mangione foi preso cinco dias após cometer o crime
. Vindo de uma
família influente de Baltimore
, ele está preso na penitenciária de Huntingdon, na Pensilvânia. Ele foi
indiciado pelo tribunal federal
pelos crimes de assassinato, perseguição e ofensa com armas de fogo.

Quem é Luigi Mangione

O rapaz, de 26 anos, nasceu e foi criado em Maryland, e também passou por São Francisco, na Califórnia, segundo o chefe de detetives de Nova York, Joseph Kenny. O último endereço registrado de Mangione era Honolulu, no Havaí.

Luigi é ex-aluno da Ivy League, uma conferência de oito universidades estadunidenses, se dizia anticapitalista e fazia parte de um manifesto que listava queixas contra o
setor de saúde
. Se formou na Universidade da Pensilvânia em ciência da computação e fundou um clube de desenvolvimento de videogames.


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