Trump volta a pressionar presidente do Fed por corte maior nos juros

O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar o chefe do Federal Reserve (Banco Central americano), Jerome Powell, para que corte a taxa básica de juros em patamares maiores do que o esperado. Em uma publicação na Truth Social, nesta segunda-feira (15), o republicano ironizou o economista Powell ao chamá-lo de “tarde demais”, uma referência para “atrasado”.

“‘Tarde demais’ deve cortar as taxas de juros, agora, e mais do que ele tinha em mente. O setor imobiliário vai disparar!!!”, escreveu o presidente dos Estados Unidos.

Na quarta-feira (17), a cúpula do Fed se reúne para decidir sobre o
futuro da taxa de juros, atualmente estimada entre 4,25% e 4,50% ao ano. A expectativa do mercado é de que a autoridade monetária americana promova um corte de 0,25 ponto percentual, o primeiro em um ano.

Desde que Trump foi empossado, em janeiro, foram cinco reuniões em que o Fed optou pela manutenção da taxa. O presidente defende um corte agressivo de até três pontos percentuais, mas os diretores da autoridade monetária se mostraram irredutíveis, mesmo com a pressão da Casa Branca.

Trump chegou a anunciar a
demissão da diretora Lisa Cook, acusando ela de uma suposta fraude na documentação de uma hipoteca, em agosto. Contudo, a economista afirmou que o republicano não tinha autoridade para demiti-la e entrou com uma ação judicial.

A etapa inicial do processo foi vencido por Lisa Cook, mas o governo recorreu ao tribunal de apelação e, nesse domingo (14), fez um novo pedido de emergência por uma
liminar permitindo a demissão da diretora. O Departamento de Justiça afirmou que Cook não apresentou “qualquer explicação para as representações”.