Após condenação de Bolsonaro, anistia volta a ser discutida no Congresso

Após a
condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado
, todas as atenções em Brasília serão voltadas ao Congresso Nacional, onde
parlamentares da oposição articulam a votação de um projeto para anistiar todos os condenados
por crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Pressionado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conduzirá uma reunião de líderes na próxima terça-feira (16) para definir a pauta da Casa e o tema deve ser novamente debatido.

Nas últimas, Motta tem afirmado que não há definição em torno da proposta, que conta com uma ferrenha rejeição de deputados da esquerda. O governo também se mobiliza e já começa a contar votos para derrubar a aprovação do texto no plenário, apesar de a oposição ter conseguido um apoio de peso: o Centrão, grupo formado por PP, União Brasil, Republicanos e PSD.

Na mira: 2026

O movimento em favor da anistia a Bolsonaro é capitaneado pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), um potencial candidato à Presidência em 2026, mas que depende da bênção do ex-presidente, de quem foi ministro da Infraestrutura.

Correligionário de Motta, Tarcisio veio pessoalmente a Brasília negociar com o Centrão o apoio ao texto e pedir que o presidente da Câmara paute a proposta.

Falta combinar com os russos

Apesar de as negociações na Câmara estarem a todo vapor, a
aposta dos governistas é que no Senado o caminho está fechado para a anistia.

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), articula a votação de um
projeto alternativo
que reduz as penas para condenados pelos ataques às sedes dos Poderes, em sua maioria punidos com até 17 anos de prisão.

Entretanto, o texto não derruba a condenação de Bolsonaro e seus aliados, como propõem os deputados.

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