Moraes determina vigilância presencial na casa de Bolsonaro


A três dias do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF)
, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou neste sábado (30) o aumento da presença policial no entorno da residência onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar. A medida, segundo Moraes, foi autorizada em razão do possível risco de fuga de Bolsonaro.

A decisão autoriza a Polícia Penal do Distrito Federal a monitorar presencialmente a área externa da residência do ex-presidente, incluindo os muros com os vizinhos. Além disso, veículos que saírem da residência, deverão ser devidamente vistoriados.

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Os relatórios produzidos pela Polícia Penal deverão ser enviados diariamente à Justiça. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou.

Na prisão

Na decisão, Moraes se justificou e esclareceu que a prisão domiciliar cumprida por Bolsonaro não deve ser diferente de uma prisão em regime fechado,

“A prisão domiciliar é espécie de restrição à liberdade individual, não perdendo as características de limitação parcial da privacidade e intimidade do custodiado, sob pena de sua total inutilidade”, escreveu Moraes.

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O pedido inicial foi feito pela Polícia Federal (PF), que considerou insuficiente o uso exclusivo da tornozeleira, por depender de sinal de telefonia sujeito a falhas ou interferências. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também citou indícios de que o ex-presidente buscou asilo na Argentina e destacou sua proximidade com dirigentes estrangeiros, o que poderia facilitar uma fuga.

Desde quarta-feira (27), duas viaturas já monitoram o entorno da casa de Bolsonaro, sem identificação policial..

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