Justiça Eleitoral cassa prefeito e vice por abuso de poder político no Ceará
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) votou pela cassação do prefeito eleito de
Choró
Na mesma sessão, realizada na última sexta-feira (29), o desembargador Emanuel Leite Albuquerque determinou a realização de
novas eleições
Com a decisão da Corte, Bebeto Queiroz se torna inelegível pelos próximos oito anos e deverá pagar uma multa de R$ 53.205,00. Já o vice-prefeito Bruno Jucá Bandeira teve o mandato cassado, mas não foi declarado inelegível.
Abuso de poder político e econômico
Os magistrados do TRE-CE consideraram procedentes as denúncias apresentadas contra a chapa mais votada nas
eleições de 2024
Bebeto Queiroz foi alvo de duas operações no último ano: a Operação “Ad Manus”, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em novembro, e a Operação “Vis Occulta”, da Polícia Federal (PF).
A operação do MPCE investigou suspeitas de fraudes em contratos relacionados ao abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró.
Durante a investigação, o então prefeito Marcondes Jucá (PT) foi preso e afastado do cargo. Bebeto Queiroz, que também teve um mandado de prisão expedido, chegou a ficar foragido, mas se entregou dias depois. Ele permaneceu detido por dez dias e foi solto após o vencimento do prazo da prisão temporária.
Na Operação “Vis Occulta”, a
PF buscou desarticular um grupo criminoso envolvido em compra de votos
As investigações apontaram que Bebeto Queiroz e Bruno Jucá Bandeira teriam se envolvido com a organização criminosa para cometer crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.
Prefeito interino
Até que as eleições suplementares sejam realizadas e uma nova chapa seja eleita, o presidente da Câmara Municipal de Choró, o vereador Paulo George Saraiva, conhecido como Paulinho (PSB), assumirá interinamente a prefeitura.
