PF pede a Moraes policiais dentro da casa de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) disse, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, para garantir a efetividade do monitoramento da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seria necessária a permanência de agentes dentro da residência do militar.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes determinou que tenha
um reforço no policiamento ostensivo na casa do ex-presidente
. A decisão
segue parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR)
, que se manifestou na segunda-feira (25) a favor do reforço solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Além do policiamento, Rodrigues também pediu a manutenção e a checagem constante da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.

A PF argumenta que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro envia informações online. No entanto, a internet poderia cair. Caso isso acontecesse, haveria tempo para uma fuga.

“Nesses casos, as violações somente seriam informadas por relatório aos operadores do sistema após o retorno do sinal, o permitiria tempo hábil para que o custodiado empreendesse uma fuga. Nesse sentido, o monitoramento eletrônico, mesmo com equipes de prontidão em tempo integral, não constitui medida impeditiva à fuga do custodiado, caso este tenha tal intenção”, escreveu a PF.

“Risco de fuga”

Moraes justificou a medida citando risco de fuga do ex-presidente. Ele lembrou que a Polícia Federal (PF) encontrou em seu celular um documento de
pedido de asilo político, sem data e assinatura.

Eduardo e EUA

O magistrado também mencionou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e, segundo Moraes,
teria buscado influenciar autoridades americanas contra o Judiciário brasileiro
.

Em ofício, a PF alertou ainda para a possibilidade de Bolsonaro tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, de onde poderia formalizar um pedido de asilo.

Por ser considerada extensão do território norte-americano, a embaixada não está sujeita a decisões da Justiça brasileira sem anuência do governo dos EUA.

Prisão domiciliar

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. O julgamento dele terá início na terça-feira (2). Moraes, relator dos casos, determinou a prisão domiciliar dentro do inquérito que investiga Jair e Eduardo por estarem supostamente coagindo autoridades responsáveis pelo processo de golpe.

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