

Zelensky impõe condições: reunião com Putin só deve ocorrer após garantias de segurança
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que pode se reunir com Vladimir Putin nas próximas semanas, mas somente depois que os países ocidentais definirem as garantias de segurança para Kiev.
“Queremos entender como ficará a arquitetura das garantias de segurança dentro de sete a dez dias”, disse Zelensky nessa quarta-feira (20), em entrevista a vários veículos de imprensa.
Após a definição das medidas, Zelensky disse que uma reunião bilateral com Putin poderia ocorrer em até duas semanas, em
formato trilateral,
Donald Trump.
Possíveis locais do encontro
Entre as opções citadas por Zelensky estão Suíça, Áustria e Turquia. A Suíça informou que pode garantir a imunidade de Putin, alvo de mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Putin sugeriu Moscou como sede, mas Zelensky rejeitou.
O presidente ucraniano descartou a China como garantidora da segurança do país. Segundo ele, Pequim não ajudou a parar a guerra e ainda apoiou a Rússia, abrindo mercado de drones. “Não precisamos de garantidores que não ajudam a Ucrânia”, disse.
Trump como mediador
Nos últimos dias,
Trump se reuniu com Putin, no Alasca,
com Zelensky, em Washington.
Mesmo assim, a
definição de garantias de segurança continua em debate.
A Ucrânia insiste nesse ponto por temer novas invasões mesmo após um eventual acordo. Já Moscou reforça que
não aceita a adesão ucraniana à Otan
Rússia intensifica operações no sul e leste
Enquanto aguarda a possibilidade de um encontro de cúpula, Moscou reforçou ofensivas militares no leste e no sul da Ucrânia. A Rússia anunciou a tomada de localidades em Donetsk e Dnipropetrovsk e estaria reunindo tropas em Zaporizhzhia.
Na madrugada desta quinta-feira, foram lançados 574 drones e 40 mísseis contra cidades ucranianas, no maior ataque das últimas semanas. Uma pessoa morreu e 18 ficaram feridas.
Zelensky ainda revelou que a Ucrânia testou com sucesso um novo míssil de longo alcance, capaz de atingir 3.000 quilômetros. “É o nosso melhor míssil: pode voar 3.000 quilômetros, o que é significativo”, afirmou.
*Com informações da AFP
* Sob supervisão de Marina Dias