O romance que ‘previu’, com detalhes, a tragédia do Titanic 14 anos antes

Em 1898, o
marinheiro
e
escritor
norte-americano Morgan Robertson lançou o romance ‘Futility, or the Wreck of the Titan’ (‘Futilidade ou o naufrágio do Titã’), uma
ficção
sobre um luxuoso
transatlântico
chamado
Titã
que afundava no
Atlântico
Norte após colidir com um
iceberg
. O livro passou despercebido na época, mas ganhou notoriedade 14 anos depois, quando o
Titanic
teve um destino praticamente idêntico em 1912.

O paralelo impressiona. Tanto o navio fictício quanto o real eram considerados ‘inafundáveis’, tinham três hélices, quatro chaminés, dois mastros e navegavam em velocidade máxima em sua viagem inaugural. Ambos colidiram com icebergs próximos à costa de Terranova e naufragaram deixando centenas de mortos devido à insuficiência de botes salva-vidas.

Robertson, que havia trabalhado por mais de duas décadas na marinha mercante, tinha amplo conhecimento sobre embarcações e os riscos do mar. Por isso, a precisão de sua narrativa chama a atenção até hoje.

Nascido em Nova York em 1861, Robertson deixou a carreira no mar para trabalhar no ramo de joias antes de se dedicar à literatura. Produziu contos publicados em revistas como ‘McClure’s Magazine’ e ‘Saturday Evening Post’, sempre explorando temas marítimos. Seu estilo não o consagrou como grande escritor, mas sua imaginação visionária marcou a história.

Além da previsão do Titanic, ele antecipou, em 1905, o uso do periscópio em submarinos – tecnologia já em desenvolvimento, e em 1914 descreveu em ‘Beyond the Spectrum’ (‘Além do espectro’) um conflito futuro entre Estados Unidos e Japão, incluindo ataques aéreos surpresa em um domingo — algo que lembraria, décadas depois, o ataque a Pearl Harbor, em 1941.

Morgan Robertson morreu em 1915, aos 53 anos, em um hotel em Atlantic City (EUA).


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