Brasil denunciará Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU

O Brasil denunciará Israel no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (3), devido à interceptação da flotilha Global Sumud, que iria rumo à Faixa de Gaza com 15 brasileiros. A informação é do g1.

O governo entregará uma carta ao conselho durante a 60ª sessão. No escrito, o Brasil afirma que Israel “violou os princípios da liberdade de navegação em águas internacionais”.

“Lamentamos esta ação militar, que viola direitos fundamentais e coloca em risco a integridade física de ativistas humanitários. Nesse sentido, Israel tem total responsabilidade pela segurança e bem-estar dos detidos”, dizia a carta.

A Itatiaia entrou em contato com o Itamaraty sobre a denúncia e aguarda retorno.

Governo condena interceptação

O governo brasileiro condenou a interceptação da flotilha em águas internacionais em nota publicada nesta quinta-feira (2) pelo Itamaraty.

Já o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que “acompanha com grande preocupação a interceptação, pela Marinha de Israel, das embarcações” da flotilha. O ministério afirmou, ainda, que o país participa de “um processo internacional que resultará em recomendações práticas para fortalecer o respeito ao Direito Internacional Humanitário”. Leia as notas dos ministérios na íntegra ao final da matéria.

Israel iniciou as deportações

O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou, nesta sexta-feira (3), que os primeiros ativistas da
flotilha Global Sumud começaram a ser
deportados
após terem seus
barcos interceptados
.

Até o momento, quatro cidadãos italianos já foram deportados, enquanto os demais estão em processo de
deportação
. Vale lembrar que
há 15 brasileiros
, incluindo uma
deputada federal
, detidos por Israel.

Flotilha Sumud

A
flotilha Global Sumud
partiu de Barcelona no início do mês com quase 45 embarcações com
ativistas de mais de 45 países
. Nesta quarta (1º), quando estavam prestes a chegar em Gaza, foram interceptados.

A Marinha israelense começou a interceptar os barcos após os alertarem a não entrar em águas que estão sob o bloqueio imposto a Gaza. O território, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), enfrenta um cenário de fome em meio desde o início da guerra, em outubro de 2023.

O objetivo dos ativistas era levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e furar o “cerco israelense” ao território palestino. Nenhum barco chegou à Faixa de Gaza.


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