Lula cobra da ONU criação do estado palestino e fim da guerra em Gaza

O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
disse, nesta quarta-feira (24), que o Brasil vai cobrar da Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do estado palestino, agora que a entidade possui a maioria dos estados membros favoráveis para a solução que pode por fim ao conflito na Faixa de Gaza.

Em coletiva de imprensa, em Nova York, Lula afirmou que a ocupação de Israel em território palestino ocorre desde antes do inicio da guerra contra o grupo terrorista Hamas, em outubro de 2023. “Acho que a partir da decisão de ontem, com mais de 150 países membros, a ONU tem em documento uma decisão coletiva da sua maioria para cobrar a responsabilidade de Israel”, disse.

O presidente também afirmou que os membros permanentes do Conselho de Segurança precisam ter responsabilidade para evitar “vetos” em decisões que podem
encerrar a guerra na Faixa de Gaza
. “O Conselho precisa tomar uma decisão unânime entre eles e fazer com que Israel respeite essa decisão. É isso que nós queremos, é isso que precisa acontecer. Da parte do Brasil, a gente vai cobrar a ONU para que ela execute a decisão que foi tomada ontem”, declarou.

Apesar de reconhecer que a operação de Israel provoca o que classifica como “genocidio” contra o povo palestino, o presidente brasileiro também cobrou responsabilidade do Hamas pelo atentado de dois anos atras.

“O Hamas não pode fazer o que fez, e depois deixar o povo ser assassinado como está sendo. Por isso eu acho que a decisão de ontem foi importante, ela foi tardia, mas ela aconteceu. A partir de agora, acho que outras coisas vão acontecer até a gente ver o povo palestino construir o seu estado e viver em paz com o povo judeu”, disse.

A solução de dois estados é a principal medida defendida pela maioria dos países membros da ONU para encerrar o conflito em Gaza. Desde domingo (21), nas vésperas da
Assembleia Geral,
diversas nações passaram a reconhecer o estado palestino, como Reino Unido, França, Austrália, Canadá e Portugal.


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