Em BH, Temer defende pacto entre Poderes e sociedade para discutir proposta de anistia

O ex-presidente
Michel Temer
(MDB) defendeu, nesta sexta-feira (19), que só vai existir
anistia
no Brasil se houver concordância de todos os três Poderes. Do contrário, será iniciado mais um conflito entre as instituições.

Temer afirmou que é preciso um pacto de pacificação do país para discutir o tema, defendendo que a discussão da dosimetria das penas por tentativa de golpe de Estado é mais apropriada que uma
anistia ampla
.

Em coletiva de imprensa em visita à Belo Horizonte, durante o fórum “Perspectivas Políticas, Estabilidade Democrática e Seus Reflexos para o Empresariado”, organizado pela
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais
(Fecomércio-MG), Temer disse que o tal pacto deveria encolher diversos setores, incluindo oposição e sociedade civil.

O tal pacto “ideal”, segundo o ex-presidente, seria entre os três Poderes, com participação da sociedade civil. “Chamar os presidentes dos mais valiosos organismos e até a oposição e dizer: ‘Olha aqui, minha gente, vamos construir pelo país. Não vamos pensar em coisas eleitoreiras do ano que vem’”, afirmou.

Reunião pelo ‘PL da Dosimetria’

O relator do Projeto de Lei (PL) que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, deputado
Paulinho da Força (Solidariedade-SP), se reuniu na noite de ontem (19) com o deputado federal
Aécio Neves
(PSDB-MG) e Temer em São Paulo.

Em um vídeo divulgado após o encontro, que também contou virtualmente com a presença do presidente da Câmara,
Hugo Motta
(Republicanos-PB), os três anunciaram que o projeto agora será focado na redução das penas dos envolvidos nos ataques às sedes dos Poderes, a chamada dosimetria, e não mais o perdão total de todos os crimes, como pretende a oposição.

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