Familiares processam Boeing após acidente de avião que matou 260 pessoas na Índia

Quatro
famílias de passageiros
que morreram na queda de um avião da
Air India
que matou 260 pessoas em junho desse ano processam as aeroespaciais Boeing e Honeywell, culpando negligência e um interruptor de corte de combustível com defeito no desastre.

O voo 171 da Air India caiu logo após decolar de Ahmedabad com destino a Londres no dia 12 de junho, deixando apenas um passageiro sobrevivente.

A queixa foi apresentada na terça-feira (16) no tribunal superior de Delaware, nos Estados Unidos. Os familiares disseram que a trava do interruptor do Boeing 787-8 Dreamliner pode ter sido desligado inadvertidamente ou estar ausente, causando perda de suprimento de combustível e perda de empuxo necessário para a decolagem. A informação é do The Guardian.

Segundo os solicitantes, a Boeing e a Honeywell, que instalaram o equipamento, sabiam do risco, principalmente após um alerta da Administração Federal de Aviação dos Estado Unidos (FAA) em 2018.

Um relatório de uma investigação preliminar sobre o acidente feito pelo Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia apontou que a Air India não realizou as inspeções sugeridas e que registros de manutenção mostram que o módulo de controle do acelerador, onde ficam os interruptores de combustível, foi substituído em 2019 e 2023.

Gravações da cabine analisadas por
investigadores
apontaram que o capitão cortou o fluxo de combustível para os motores do avião. O processo diz que os interruptores estão em um local na cabine onde há maior probabilidade de serem pressionados ‘sem querer’, o que ‘efetivamente garante que a atividade normal da cabine possa resultar em corte inadvertido de combustível’.

A Boeing e a Honeywell não se pronunciaram.

Relembre

O avião, modelo Boeing 787 Dreamliner havia saído de
Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad com destino a Londres Gatwick. Ele caiu poucos momentos depois da decolagem e
matou 260 pessoas que estavam a bordo e também no solo.
O voo transportava 242 pessoas, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense.
Apenas um passageiro sobreviveu
.

A aeronave começou a perder altitude antes mesmo de cruzar o muro do perímetro do aeroporto. Pouco depois, os interruptores de combustível foram reposicionados corretamente e os motores tentavam ser religados, mas o impacto ocorreu nesse momento. Segundos antes da queda, um dos pilotos emitiu um chamado de emergência: “MAYDAY MAYDAY MAYDAY”. O controlador chegou a pedir o indicativo da aeronave, mas não obteve resposta e observou a queda à distância.


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