Operação Rejeito: lucro de investigados poderia chegar a 28 prêmios da Mega da Virada

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (17), uma operação que investiga um
esquema bilionário
de corrupção, lavagem de dinheiro e danos ambientais em Minas Gerais.

O alvo da investigação é um grupo de mais de 60 empresas. Empresários, lobistas e agentes públicos movimentavam valores bilionários por meio de empresas de fachada, propinas a servidores públicos e
concessão irregular de licenças ambientais
.

A operação, iniciada em 2022, aponta que a organização criminosa lucrou, ao menos, R$ 1,5 bilhão com as ações. Além disso, a estimativa é que projetos em andamento têm potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

Para ilustrar, o potencial econômico das ações da organização criminosa é 28 vezes maior do que o valor pago pela Caixa Econômica Federal na
Mega-Sena da Virada
do ano passado. Na loteria, oito apostas dividiram um prêmio de R$ 635 milhões.

Entenda a Operação Rejeito

A Polícia Federal (PF) cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva. Além disso, servidores públicos foram afastados e foram bloqueados ativos no valor de R$ 1,5 bilhão.

O objetivo da Operação Rejeito é desarticular uma organização criminosa investigada por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados com o processo de autorização da exploração de minério de ferro em Minas Gerais.

“Essas autorizações eram utilizadas para usurpar e explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação, com graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos”, detalhou a PF.

Os
investigados podem responder pelos seguintes crimes:

  • Crimes ambientais;
  • Usurpação de bens da união;
  • Corrupção ativa;
  • Corrupção passiva;
  • Organização criminosa;
  • Lavagem de dinheiro;
  • Embaraçamento à investigação de organização criminosa.

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A Operação Rejeito foi deflagrada em conjunto Controladoria-Geral da União (CGU) e contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.


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