Rogério Correia critica Eduardo Bolsonaro por sugerir intervenção dos EUA no Brasil

O deputado federal
Rogério Correia
(PT) criticou a postura do colega de parlamento,
Eduardo Bolsonaro
(PL), em relação ao Brasil. Nos Estados Unidos desde março deste ano, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como principal articulador, nos bastidores, das
tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros
pelo governo de Donald Trump.

Na quinta-feira (11), após a
condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) por tentativa de golpe de Estado, o parlamentar, em entrevista ao portal Metrópoles,
defendeu uma ação militar dos EUA contra o Brasil
, declarando-se favorável ao envio de caças F-35 e navios de guerra ao país como “resposta” ao Poder Judiciário brasileiro.

Em entrevista à Itatiaia, o petista — que foi integrante da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro — afirmou que a direita usa o “golpismo” como estratégia de autopromoção. “A extrema-direita sempre se alimenta de golpismo. Primeiro era o golpe da intervenção militar, não conseguiram […] Agora está lá o Eduardo Bolsonaro pedindo ao Trump que intervenha no Brasil”, disse.

De acordo com ele, com o filho de Bolsonaro no exterior e o ex-presidente inelegível, seria “melhor” o grupo político “tentar achar um candidato” para 2026. Correia argumentou, no entanto, que a disputa é “bem-vinda”. “O Lula (PT) é candidato, vai ter candidato da extrema-direita, vamos fazer um debate democrático. A democracia continua e venceu no Brasil”, afirmou.

Condenação de Bolsonaro

O ex-presidente foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado. Além dele, por maioria, a Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu a condenação de outros sete réus por diversos crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Com a decisão do Poder Judiciário, o
secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio
, prometeu uma “resposta à altura”.

O governo Trump tem usado a justificativa de que o ex-presidente estaria sendo vítima de uma suposta “caça às bruxas”, sem apresentar provas.

Rubio escreveu que as “perseguições políticas” de Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, continuam, e classificou a decisão como “injusta”.

A intimidação da Casa Branca ao Brasil foi comemorada por Eduardo, que escreveu “Deus abençoe”, marcando o presidente Trump, Rubio e também o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

O
Itamaraty
respondeu à publicação do secretário, afirmando que ameaças externas “não intimidarão” a democracia brasileira.

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